Espetáculo “Cantos de Coxia e Ribalta” foi contemplado como Melhor Roteiro Original, Melhor Direção e Melhor Coreografia
No último final de semana (23 de fevereiro de 2019), aconteceu a premiação da 4ª edição do Prêmio MP (Musical Popular) de Teatro Independente 2019. O espetáculo "Cantos de Coxia e Ribalta" foi indicado em oito categorias e venceu em três delas: Alef Barros e Gustavo Dittrichi por Melhor Roteiro Original, Wellington Adélia por Melhor Coreografia e novamente Gustavo Dittrichi por Melhor Direção. Confira abaixo todos os profissionais do espetáculo que foram indicados e que venceram:
O prêmio é uma iniciativa capitaneada pela COTTAL (Comissão Teatral Tarcísio Álvares Lobo) que busca reconhecer artistas e estudantes que atuam no circuito independente de teatro musical da cidade de São Paulo. “A ideia é reunir todo esse grupo de pessoas que faz parte da mesma classe numa mesma noite, num mesmo espaço, fazendo com que um conheça o trabalho do outro, pois juntos somos mais fortes e podemos mostrar para as pessoas que este trabalho existe e é tão importante quanto o circuito grande. Juntos, faremos com que o teatro independente tenha mais voz e mais visibilidade”, diz Gustavo Medeiros, um dos organizadores e apresentador do prêmio ao lado de Gabriel Hammer. “O Brasil é o terceiro maior produtor de teatro musical no mundo e a gente ainda carece de produções que são genuínas, originais, independentes, e temos que começar a valorizar isso logo”, diz Gabriel. “Quase sempre, essa arte independente tem muito mais valor e verdade que as grandes produções enlatadas, que vêm de fora e não dialogam com a nossa cultura e a nossa realidade. Essas produções independentes conversam com o público com muito mais contato, de uma forma muito mais calorosa. Espero que o prêmio ajude a fomentar isso”.
A premiação, este ano, foi dividida entre um circuito acadêmico (montagens com caráter educativo e de pesquisa, formado por estudantes) e independente (espetáculos profissionais que não contam com grandes incentivos ou fomentos). A Cia. Lusco-Fusco venceu nas categorias pertencentes ao circuito independente. Durante a noite de premiação, os artistas Carolina Silveira, Igor Patrocínio e Gustavo Dittrichi ainda apresentaram os números do espetáculo: “Sob a Luz da Lua” e “Como Se Eu Já Fosse Tua”.
Confira fotos da noite de premiação:
Histórico do espetáculo
Esta é a segunda premiação para a qual “Cantos de Coxia e Ribalta” é indicado: no ano passado, Gustavo Dittrichi, dramaturgo do espetáculo, foi indicado ao prêmio Destaque Imprensa Digital 2018, na categoria de roteiro, ao lado de grandes musicais como “Bibi – Uma Vida em Musical”, “Romeu e Julieta ao som de Marisa Monte” e o vencedor, “Cargas D’Água”, de Vitor Rocha. A premiação, que existe desde 2016, reúne alguns dos veículos digitais especializados na cobertura do teatro musical na cidade de São Paulo, que homenageiam, de forma honrosa e simbólica, diversos profissionais e espetáculos que se destacaram na cena paulistana no decorrer do ano.
Musical 100% autoral e brasileiro, "Cantos de Coxia e Ribalta" foi criado por Alef Barros (músicas) e Gustavo Dittrichi (roteiro), a partir do estudo de três vertentes artísticas: os personagens-tipos da commedia dell'arte, os ritmos musicais brasileiros e o teatro narrativo brasileiro; combinando esta nova abordagem com a bagagem de pesquisa cênica que a Cia. Lusco-Fusco já carrega; teatro e música (ou teatro musical).
Tanto o texto quanto as músicas são originais. O argumento (escrito por Gustavo Dittrichi) buscou livre inspiração na obra de Luis Alberto de Abreu; em especial no texto "O Auto da Paixão e da Alegria". A linguagem cênica tem inspiração no musical "Godspell", de Stephen Schwartz e John-Michael Tebelak. Já a música (escrita por Alef Barros) buscou referências na obra musical de Chico Buarque; nas composições de Baden Powell com Toquinho, em especial nos seus estudos e releituras dos cantos de terreiro e umbanda; e na bossa-nova em geral. Os arranjos musicais e composições gerais são de Dario Ricco, Hiago Guirra e Marco De Laet; e os arranjos vocais são de Joyce Roldan. A concepção cênica e estética é de Gustavo Dittrichi.
O espetáculo realizou em 2018 duas temporadas: sua temporada de estreia em janeiro de 2018, até 4 de fevereiro no Tetro Alfredo Mesquita; e em outubro de 2018 na Funarte SP. Além disso, em abril, foi convidado para participar do Festival de Teatro de Mauá 2018, encerrando a programação cultural do evento. O espetáculo retorna aos palcos ainda no primeiro semestre de 2019.
O espetáculo tem patrocínio (em formato de permuta) da Só Dança; apoio da ACENBI (Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Imirim), da Poiesis, das Fábricas de Cultura e do Governo do Estado de São Paulo. A produção e realização é da Lusco-Fusco Produções Artísticas, com produção associada da Foca Produções Artísticas.
Categorias indicadas ao Prêmio MP 2019
Confira todas as categorias em que os profissionais da Cia. Lusco-Fusco foram indicados:
Melhor Ator Coadjuvante – Rodolfo Mozer (como O Dono da Cia.) – Indicado
Melhor Ator – Gustavo Dittrichi (como O Poeta) – Indicado
Melhor Atriz – Carolina Silveira (como A Jovem Atriz) – Indicada
Melhor Cenário – Jéssica Dittrichi – Indicada
Melhor Coreografia – Wellington Adélia – VENCEU
Melhor Direção Musical – Marco De Laet – Indicado
Melhor Direção – Gustavo Dittrichi – VENCEU
Melhor Roteiro Original – Alef Barros e Gustavo Dittrichi – VENCEU