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Sinopse

ATENÇÃO! O TEXTO A SEGUIR CONTÉM REVELAÇÕES SOBRE O ENREDO DA PEÇA. CASO QUEIRA MANTER A SURPRESA, NÃO LEIA.

 

1º ATO

Alemanha, final do século XIV. Sobe o pano, e Wendla Bergman, uma garota adolescente de 15 anos, canta sobre seu desejo de entender como são concebidos os bebês (“Mamãe, Me Explica”). Ela diz à sua mãe que já é tempo para que ela saiba de onde vêm os bebês, considerando que está prestes a ser tia pela segunda vez. Sua mãe não consegue lhe explicar claramente sobre a gravidez, embora sua filha esteja entrando na puberdade. Em vez disso, ela simplesmente diz à Wendla que, para conceber uma criança, a mulher deve amar o seu marido com todo o seu coração. As outras meninas se unem à Wendla numa canção de protesto, e de forma inocente, reclamam da falta de conhecimento apresentada a elas (“Mamãe, Me Explica – Reprise”).

 

Na escola, os meninos estão estudando Virgílio na aula de latim. Quando Moritz Stiefel, um jovem intenso e perturbado, está dormindo, o professor o repreende severamente. O melhor amigo de Moritz, o rebelde e inteligente Melchior Gabor, levanta-se e enfrenta o professor para defende-lo – mas também acaba repreendido. Melchior reflete sobre as regras impostas pela escola e pela sociedade e expressa sua intenção de mudar as coisas (“Tudo O Que É Sagrado”).

Moritz descreve para Melchior a causa de seu sono em aula: sonhos eróticos que Moritz considera sinais de insanidade. Para acalmar o amigo, Melchior, que já leu sobre sexualidade através dos livros, conta a Moritz que todos os meninos da idade deles têm sonhos similares. Todos os rapazes, então, cantam sobre seus próprios pensamentos e desejos frustrados (“Nessa Merda de Vida”). Moritz, que ainda não está confortável com a situação, pede a Melchior que ele desenhe um ensaio ilustrado sobre sexo para que ele possa tentar compreender.

Após a escola, algumas meninas estão reunidas conversando e fantasiando sobre o casamento com os meninos da cidade. No topo da lista, está o radical, inteligente e bonito Melchior Gabor (“Meu Vício”). Enquanto isso, Hanschen se masturba enquanto observa uma ilustração erótica de Desdêmona (da obra “Otelo”, de Shakespeare), e Georg vive fantasias sexuais com sua professora de piano com seios avantajados. Moritz, que leu todo o ensaio sexual que Melchior escreveu para ele, se queixa para o amigo que o novo conhecimento só o deixou ainda mais perturbado. Melchior tenta confortar o amigo, mas ele foge, frustrado. Todos os meninos e meninas expressam o seu desejo por intimidade física (“Venha”).

 

Procurando por flores para sua mãe no bosque, Wendla se depara com Melchior. Os dois recordam-se que eram amigos de infância, mas que cresceram separados à medida que envelheceram devido ao esquema de ensino que separa rapazes das moças. Ambos sentam-se em frente a uma árvore e expressam que gostariam de ter intimidade física (“O Corpo Quer Falar”). Enquanto isso, na escola, Moritz entra escondido na sala do diretor e fica emocionado ao saber que passou pelos exames intermediários – entretanto, o diretor e sua assistente decidem reprovar Moritz de qualquer jeito, considerando que ele não está dentro dos elevados padrões da escola.

Martha, uma das garotas adolescentes, admite acidentalmente para as amigas que sofre abusos físicos e sexuais e que sua mãe é complacente com a situação. As garotas ficam horrorizadas ao ouvirem isso, mas Martha as faz prometer que irão guardar segredo, para que ela não acabe como Ilse, uma amiga de infância que foi expulsa de casa e agora vaga, sem teto e sem rumo (“Um Escuro Sem Fim”). Mais tarde, Wendla encontra Melchior no bosque e conta sobre o segredo de Martha. Melchior fica horrorizado ao ouvir, mas Wendla o convence a bater nela com um galho de árvore, para que ela possa entender a dor da amiga. De início, Melchior está determinado a não fazer qualquer coisa do tipo, mas relutantemente, ele concorda. Melchior explode em um desejo reprimido e acaba machucando Wendla. Ele foge, perturbado, e Wendla chora no chão. Sozinha, ela vê  que Melchior deixou para trás seu diário. Ela o recolhe e sai.

Moritz descobre que reprovou em seus exames finais e seu pai reage com desprezo. Ao invés de entender a dor de seu filho, o pai de Moritz está apenas preocupado com o que as outras pessoas vão pensar. Moritz escreve para a mãe de Melchior pedindo dinheiro para fugir para a América; ela recusa, com ternura, mas com firmeza, e promete escrever aos pais de Moritz para desencorajá-los a serem muito duros com ele (“A Carta”). Devastado pela recusa e por ver que tem poucas opções restantes, Moritz começa a pensar em suicídio.

Em um celeiro abafado, durante uma tempestade, Melchior canta sobre suas angústias de estar preso entre sua infância e o florescer da idade adulta (“No Fundo Do Breu”). Wendla surge mais uma vez, dizendo que quer devolver o diário dele e pede desculpas pelo que aconteceu da última vez em que se encontraram. Em pouco tempo, eles se beijam; Wendla resiste, a princípio, pois não entende o que está acontecendo entre eles. Embora esteja relutante, Wendla sente que o que está acontecendo é algo muito poderoso e diferente de tudo o que ela já fez antes, e acaba cedendo. Ambos fazem amor sobre um monte de feno no celeiro (“Acredito”).

2º ATO

Wendla e Melchior terminam de fazer amor no celeiro. Logo após o ato, ambos refletem e debatem sobre o que aconteceu, mostrando um ligeiro arrependimento, acompanhados pelo Coro (“O Corpo É O Culpado”).

Moritz está vagando e cantando sobre suas angústias (“Não Tem Tristeza”) quando se depara com Ilse, sua velha amiga de infância. Ela conta que, depois de ter sido expulsa de casa, encontrou refúgio em uma colônia de artistas, e ela acaba recordando-se de algumas memórias de infância (“Vento Triste”). Ela o convida para ir para a casa dela para compartilharem mais lembranças – e quem sabe algo mais. Apesar de Moritz recusar-se, Ilse ainda faz de tudo para que ele vá com ela (“Não Tem Tristeza / Vento Triste”). Depois de quase beijarem-se e admitirem seus sentimentos mútuos um pelo outro, Moritz recusa-se e Ilse vai embora, decepcionada e entristecida. Percebendo seus verdadeiros sentimentos por ela, Moritz muda de ideia e chama por ela, mas já é tarde demais – Ilse se foi. Acreditando que já não existe mais saída, Moritz saca uma pistola e atira em si mesmo.

No funeral de Moritz, Melchior e os meninos e meninas culpam o pai dele por ter sido muito duro com o filho e colocado muita pressão sobre ele, enquanto depositam flores no túmulo do amigo morto (“O Que Ficou Pra Trás”). De volta ao colégio, o diretor e sua assistente sentem a necessidade de tirar a atenção sobre o suicídio de Moritz, cuja morte foi um resultado direto de suas ações. Eles investigam os pertences de Moritz e encontram o ensaio sexual que Melchior escreveu. Eles culpam Melchior pela morte de Moritz, e, embora saiba que não tem culpa alguma, Melchior sabe que não há nada que possa fazer para se defender e acaba expulso da escola (“Se Fodeu!”).

Enquanto isso, próximo da igreja, Hanschen e seu tímido e delicado colega de classe, Ernst, estão observando a noite e conversando. Enquanto Ernst tem uma visão romântica do mundo, Hanschen compartilha sua visão pragmática com seu colega, antes de seduzi-lo (“O Corpo Quer Falar - Reprise”).

Wendla está doente, e sua mãe chama um médico para que ele a veja. Ele dá alguns medicamentos à Wendla e lhes assegura que ela está sofrendo de anemia, e que tudo ficará bem – mas chama a mãe de Wendla de canto e conta a ela que a garota está grávida. Quando a mãe confronta Wendla, ela fica completamente chocada, sem entender como isso poderia ter acontecido. Wendla, então, percebe que sua mãe mentiu para ela sobre como os bebês são feitos e, embora ela repreenda a mãe por ter escondido a verdade dela, a mãe rejeita a culpa e insiste em saber quem é o pai da criança. Wendla relutantemente entrega uma carta apaixonada que Melchior escreveu para Wendla após sua noite de amor. Ela reflete sombriamente sobre seu estado atual e sobre as circunstâncias que a colocaram neste caminho difícil, mas termina com certa esperança pelo filho a nascer (“Murmurar”). Enquanto isso, os pais de Melchior discutem o futuro de seu filho e, embora a mãe de Melchior esteja certa de que a morte de Moritz não é culpa do filho, quando o pai de Melchior conta sobre a gravidez de Wendla, ela finalmente concorda que o melhor destino para Melchior é ser enviado ao reformatório juvenil – sem dizer que Wendla está grávida.

Durante este tempo, Melchior e Wendla mantém contato através de cartas, com Ilse entregando-as de um para o outro. No reformatório, Melchior entra numa briga com os outros meninos após eles roubarem uma das cartas para usá-la numa brincadeira de masturbação. Enquanto um dos meninos lê a carta, Melchior finalmente descobre sobre Wendla e seu futuro filho, e foge do reformatório para encontrá-la. Entretanto, ele não sabe que a mãe de Wendla a levou para um médico ilegal para realizar um aborto. Quando Melchior chega à cidade, ele envia uma carta através de Ilse para que Wendla o encontre no cemitério, à meia-noite, para que possam fugir juntos e dar uma vida diferente para o filho dos dois.

Já no cemitério, Melchior se depara com o túmulo de seu amigo, Moritz, e jura para ele que ele e Wendla vão criar seu filho em um ambiente de amor e compreensão. Quando nota que Wendla está atrasada, ele chama por ela, até se dar conta de um túmulo que não tinha notado antes. Ele lê o nome na lápide – Wendla – e percebe que ela morreu durante o aborto forçado. Oprimido por choque e tristeza, ele saca uma navalha, com a intenção de se matar. Os espíritos de Wendla e Moritz sobem de suas sepulturas para impedi-lo. Eles persuadem Melchior para que ele continue sua jornada, e Melchior resolve seguir e carregar com ele a memória dos dois para sempre (“Velhos Conhecidos”).

Liderados por Ilse, todo o elenco se reúnem no palco para cantar uma canção de esperança (“Canção De Um Verão”). Cai o pano.

 

Companhia de Teatro Independente Lusco-Fusco

apresenta

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